Seminário Integrado de Saúde

Resultado de encontro define propostas de melhoria de atendimento aos sobreviventes da boate Kiss

Liciane Brun

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Terminou, na tarde deste sábado, o encontro entre representantes da saúde de Santa Maria, do Estado e da União para reavaliar os serviços prestados às vítimas e familiares do incêndio da boate Kiss.

Nesta tarde, a reunião foi entre representantes das associações de pais, do Husm, dos profissionais do Acolhe Saúde e do Ciava, Controle Social e também do Ministério da Saúde, com a presença do coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin.

Sobreviventes do incêndio da Kiss reclamam da falta de atendimento pelo SUS

Segundo a secretária de Saúde de Santa Maria, Vânia Olivo, algumas propostas foram definidas e devem se transformar em um plano de ação, com prazo de implementação e os responsáveis por cada ação. Após reunião entre o grupo gestor, na próxima semana, p material vai ser encaminhado ao Ministério da Saúde para ser validado.

Veja as propostas:

Auxílio em pesquisas _ Foi discutida a possibilidade de o Ministério da Saúde criar uma linha de incentivo às pesquisas realizadas nas universidades da cidade, relacionadas à produção de conhecimentos e tecnologia para intervenção em situações de desastre. Hoje a UFSM e a Unifra fazem as pesquisas relacionadas a partes clínicas, psicossocial e de assistência

Revisão de protocolos de assistência farmacêutica _ Foi tomada como essencial a revisão dos protocolos assistenciais, como o de assistência farmacêutica, divulgação dos medicamentos disponíveis, definição de quem distribuirá os medicamentos e quantidade de usuários que precisam do medicamento, além do mapeamento do volume do consumo. O objetivo é a desburocratização para receber a medicação e planejar a compra dos medicamentos.

Continuidade de atendimento aos sobreviventes que desistiram de atendimentos _ A ideia é que se faça um rastreamento para encontrar os sobreviventes que desistiram de tratamentos e criar um grupo de vítimas indiretas, como familiares e outras pessoas envolvidas indiretamente com a tragédia.

Criação de uma ouvidoria para centralizar as queixas _ O objetivo é que, com esse sistema de ouvidoria em um dos órgãos já definidos, as queixas estejam centralizadas em um único canal para facilitar a resolução

Rede online para comunicação entre o grupo gestor _ A ideia é trabalhar entre o grupo gestor para que haja uma comunicação mais eficaz, com troca de informações, e construção de linhas de cuidado em saúde mental para manter a integralidade dos pacientes.

Criação de um cartão de identificação _ O cartão nacional, para os sobreviventes da tragédia, foi totalmente rejeitado, pois foi entendido que a demanda é regional e não deve ferir o princípio da regulação de acesso. Mas ainda irá se estudar a possibilidade de identificação em que se crie um cartão em nível regional, com informações para facilitar o acesso.

Transformação do Acolhe em Centro de Atendimento Psicossocial _ Um dos pedidos da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) foi a criação de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para assistência a vítimas de tragédias. Segundo a secretária de saúde, a questão levantada foi transformar o Acolhe Saúde, que hoje é totalmente subsidiado pelo município, em um Caps regional com especialidade no atendimento de casos pós-desastre. O MInistério de Saúde ajudaria a finalizar o processo.

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